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Jejum intermitente funciona?

Atualmente, existem diversos tipos de dietas que auxiliam na perda de peso em curtos períodos de tempo, sendo o jejum intermitente um destes processos que se popularizou no meio da internet.

Muitos adeptos famosos fizeram o jejum intermitente ser catapultado do anonimato para o hall da fama e consequentemente acabou sendo considerado um método eficaz de emagrecimento.

Apesar de o jejum intermitente ter se popularizado nos últimos dois anos, ainda há muitas dúvidas sobre o assunto e para muita gente ainda se trata de um tema totalmente novo.

COMO FUNCIONA O JEJUM INTERMITENTE?

Na prática, e de maneira bem sintetizada o jejum intermitente consiste em um protocolo que ganhou notoriedade pela promoção da perda de peso. Nele, os seus adeptos passam períodos sem a ingestão de alimentos, seguidos de períodos em que a alimentação é permitida.

De modo mais detalhado, há protocolos com períodos que variam de dez a vinte e quatro horas de jejum. O jejum pode ser feito diariamente ou apenas em alguns dias da semana a critério dos seus adeptos.

O jejum intermitente tem o objetivo de intercalar períodos de jejum com períodos de alimentação, o intuito desse protocolo é fazer com que o corpo utilize os estoques de gordura gerando a perda significativa de massa gorda.

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Quando a alimentação permitida, esses intervalos recebem o nome de janelas de alimentação. Nos períodos de jejum a pessoa não deve ingerir alimentos, exceto líquidos sem calorias. Dentre os líquidos permitidos temos, água com gás ou sem café sem açúcar ou adoçante e igualmente chás.

O protocolo do jejum intermitente, independente do modelo seguido, seja ele com períodos de jejum de dez horas, doze horas ou vinte e quatro horas ganhou destaque por ser aparentemente efetivo e ajudar na perda de peso, sobretudo de massa gorda.

JEJUM INTERMITENTE FUNCIONA?

Apesar de ter ficado popular como um método eficaz de emagrecimento, segundo estudos recentes, o jejum intermitente não funciona como inicialmente se imaginou.

Uma pesquisa realizada recentemente pela Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN), que contou com 116 adultos com idade entre dezoito e sessenta e quatro anos, constatou que o protocolo não promove o emagrecimento de maneira significativa. De todos os participantes, cento e cinco completaram o período de teste.

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Todos os participantes apresentavam sobrepeso ou obesidade e estavam divididos em dois grupos. Uma parte estava inserida no protocolo em que a alimentação tinha como janela do meio-dia às oito da noite, e o segundo grupo não aderiu ao jejum intermitente.

Nenhum dos grupos acabou submetido a uma dieta com restrição na ingestão calórica ou algo do tipo, a alimentação seguiu os padrões normais de cada indivíduo sem uma determinação específica quanto às calorias, nutrientes ou carboidratos.

Ao final de doze semanas, tempo de duração do estudo, o grupo submetido ao jejum intermitente apresentou perda de peso de cerca de um por cento, enquanto o grupo que não foi submetido apresentou perda de peso de aproximadamente 0,75%.

Apesar de efetivamente promover uma perda relativamente maior de peso, de acordo com os estudos realizados, a perda não foi significativamente expressiva e nenhum dos grupos apresentou perda de gordura acentuada como era esperado pelos adeptos.

Quanto a outros importantes indicadores, tais como os níveis de açúcar no sangue e também o colesterol, não foram substancialmente alterados por nenhum dos grupos.

Isso nos faz pensar que o jejum intermitente pode ajudar na promoção da perda de peso. Mas que não deve receber o título de um método milagroso de emagrecimento, uma vez que sua perda acaba sendo relativamente bem pequena se comparada a não utilização de nenhum método especificamente.

O jejum intermitente ainda é discutido na comunidade científica, visto que não apresenta resultados satisfatórios. Além disso, vale destacar que a melhor forma de emagrecer é contando com o acompanhamento de um nutrólogo ou nutricionista para a elaboração de uma dieta personalizada, que atenda às necessidades de cada um.

+ Avaliação nutricional

Pessoas que praticam esportes, podem correr riscos ao adotarem o jejum intermitente, uma vez que o corpo passará a apresentar uma deficiência nutricional, fator que predispõe o indivíduo a lesões musculoesqueléticas e mau súbitos durante os treinos.

Portanto, opte sempre pela orientação de um profissional capacitado e deixe as dietas sem base científica de lado!

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